Legitimamente brasileiro, Omar Salum teve seu primeiro contato com o Brazilian jiujitsu em setembro de 1993 através de dois amigos de infância, Luis Neto e Kleber Gadelha, faixas azuis na Academia Monteiro.

A maneira como o jiu jitsu se apresentou a Omar foi através dos “desafios” que esses dois amigos costumavam ter nos fins de semana. Em um desses eventos estilo briga de quintal, Omar (que estava no meio da adolescência) foi emparelhado com um menino de 12 anos, Salum que esperava esmagar o jovem, foi finalizado rapidamente, isso o deixou tão enfurecido quanto surpreso que ele imediatamente pediu uma revanche, finalizado novamente com a mesma posição (mata-leão). Ele descobriria naquele dia que o garoto de 12 anos era um faixa laranja de jiu jitsu. Este evento mudou a vida de Omar Salum, que decidiria a partir daquele dia dedicar a sua vida a esta arte.

Omar provou ser um competidor nato quase que imediatamente. Seu primeiro campeonato, a nível estadual na categoria mista de faixas brancas e azuis ganhando seis lutas sendo quatro delas por finalizações. Após este incrível sucesso, Salum recebeu sua faixa azul com apenas dois meses de treinamento.

Seu caminho nas faixas azul e roxa foi muito bem sucedido e Omar ganhando inúmeros eventos foi medalhado em importantes competições estaduais e nacionais. Em 1996, ainda faixa azul, no campeonato mundial, no pico de sua confiança, Omar sofreu uma forte derrota alcançando o terceiro lugar, este foi um momento de mudança de vida, quando Salum percebeu que precisava de ainda mais dedicação, decidiu então mudar para o Rio de Janeiro para treinar na academia de Gracie em Humaita, com seu ídolo, Royler Gracie.

Sob a tutela de Royler Gracie, a carreira de Omar floresceu e alcançou um nível ainda maior com vitórias nos Campeonatos Pan-Americano e Mundial de 1997, na faixa roxa, esse feito elevou Omar à merecida faixa marrom. Depois de alcançá-la, Salum começou seus estudos universitários na faculdade de direito e teve uma redução no ritmo de competições, focando apenas nos grandes eventos, como o Mundial e o Pan-Americano de Jiujitsu.

A faixa preta foi premiada por Royler Gracie em 1998 após o segundo título mundial alcançado por Omar, desta vez na faixa marrom, a trajetória de preta veio acompanhada por dois títulos mundiais, em 1999 e 2000, estabelecendo o recorde de títulos consecutivos na divisão de peso do galo. Em 2001, Omar Salum sofreu uma grave lesão no joelho que o impediu de lutar novamente no peso do galo e, possivelmente, marcar o registro mais alto, ainda assim o recorde ficou por 10 anos no campeonato mundial.

Omar Salum voltou às competições em 2005, concorrendo principalmente na divisão de master em eventos nacionais e internacionais onde continuo o brilhante trabalho no esporte e hoje já acumula cerca de 250 medalhas. Em 23 anos de jiujitsu Omar Salum promoveu mais de 250 novos faixas pretas pelo mundo e continua construindo um legado de campeões por onde tem passado, hoje vivendo em Hemet, CA ostenta a bandeira de seu professor “Gracie Humaita Competition Team” no Brasil e França, seus discípulos carregam o nome “Omar Salum Brazilian Jiujitsu” e garantem o orgulho todos as vezes que recebem outra notícia de pódio.